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Translucência nucal na gravidez: por que este exame é tão importante?

A translucência nucal é um marcador muito importante a ser avaliado em todas as gestações com 12 semanas (entre 11 e 13 semanas), auxiliando no aconselhamento médico às gestantes sobre a saúde do bebê.

Todos os fetos acumulam líquido em seu corpo, e a região atrás do pescoço, conhecida como nuca, é onde ocorre o maior acúmulo. Este líquido tem um aspecto translúcido, por isso chamamos de translucência nucal.

Quando encontramos um feto com uma medida mais elevada da translucência nucal, isso pode indicar a presença de algum problema, como uma anomalia cromossômica, mas não necessariamente significa que o bebê esteja doente. Cerca de 5% dos bebês saudáveis podem apresentar uma medida alta de translucência nucal, enquanto muitos bebês com problemas podem ter uma medida normal.

Medir corretamente a translucência nucal é um desafio diário, pois exige que o feto esteja perfeitamente alinhado com a cabeça, pescoço e tórax, e que o aparelho esteja posicionado em um ângulo de 90° em relação à ponta do nariz do feto, ampliando corretamente a imagem. Se esses critérios não forem seguidos à risca, a foto não pode ser utilizada para a medida devido à precisão necessária de décimos de milímetros. Infelizmente, ainda vemos muitos exames realizados sem o devido respeito à técnica correta.

Nos anos 90, medidas acima de 2,5 mm eram consideradas anormais, e valores abaixo eram vistos como normais. Exemplificando, quando se examinava uma gestante com uma medida de 2,4 mm, ela era orientada que o bebê tinha mais chance de ser saudável, e se a medida fosse 0,2 mm maior, a chance de o bebê possuir algum problema seria maior. Contudo, essa abordagem simplificada muitas vezes não funcionava bem na prática. Hoje, a avaliação da translucência nucal é mais complexa, incorporando outros marcadores como o osso nasal, ducto venoso, fluxo da válvula tricúspide, frequência cardíaca fetal e a idade da gestante. Essas informações são combinadas em um software que calcula a probabilidade de doenças cromossômicas.

Por exemplo, se um feto apresenta uma cardiopatia, como um defeito do septo atrioventricular, ou uma onfalocele no abdômen, as chances de algum problema genético são muito maiores, independentemente da medida da translucência nucal. Da mesma forma, um bebê com uma translucência nucal normal, mas com alterações em outros marcadores, pode precisar de investigação adicional.

Além da avaliação da translucência nucal, no mesmo exame das 12 semanas, também realizamos a triagem para pré-eclâmpsia e a avaliação do colo do útero por via vaginal, importante para prevenir o parto prematuro e identificar a insuficiência istmocervical.

Portanto, não recomendo realizar apenas a medida da translucência nucal como era feito nos anos 90. A avaliação deve ser completa, conforme recomendado atualmente, para oferecer o melhor acompanhamento possível à gestante.

Agende sua ultrassonografia de translucência nucal conosco e tenha a certeza de um diagnóstico detalhado e preciso!

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