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Endometriose: como a ultrassonografia pode ajudar no diagnóstico

A endometriose é uma doença inflamatória que afeta cerca de 10% das mulheres em idade fértil, podendo causar dor significativa e dificuldades para engravidar. Apesar de não reduzir a expectativa de vida, a endometriose pode impactar profundamente a qualidade de vida.

Lembro-me, com tristeza,  de uma paciente que sofria de dores pélvicas há mais de 15 anos, especialmente durante as relações sexuais. Essas dores foram tão intensas que resultaram no divórcio de seu casamento. Quando diagnosticada com “apenas” endometriose, ela chorou copiosamente ao entender a causa de seu sofrimento. Casos como o dela não são raros; vejo endometriose quase todos os dias, com níveis variados de dor e dificuldades de concepção.

Existem três tipos principais de endometriose: superficial, profunda e endometrioma. A endometriose superficial se espalha pela superfície do peritônio, a cápsula que envolve os órgãos abdominais, especialmente na pelve. A laparoscopia é a principal ferramenta diagnóstica para a endometriose superficial, permitindo a visualização e remoção desses focos milimétricos.

No entanto, a laparoscopia não é capaz de diagnosticar todos os tipos de endometriose. A endometriose profunda acomete camadas internas ao peritônio, que não é totalmente transparente, tornando-se muitas vezes invisível durante a cirurgia. A ultrassonografia é essencial para mapear as áreas acometidas pela endometriose profunda, medindo o tamanho e a distribuição das lesões, orientando o cirurgião a explorar e remover essas áreas com maior precisão.

O endometrioma, que é a endometriose localizada dentro dos ovários, também pode ser identificado com clareza pela ultrassonografia.

Quando comecei a fazer ultrassonografias em 2003, acreditava-se que o método não era capaz de identificar a endometriose. Hoje, a ultrassonografia é a melhor ferramenta para o mapeamento dessa condição. Contudo, é fundamental que o exame seja realizado por um profissional experiente e com equipamentos premium. O preparo intestinal adequado da paciente também é crucial, envolvendo uma dieta específica e o uso de laxativos na véspera do exame, já que resíduos fecais podem prejudicar a identificação das áreas acometidas.

Embora dores ou cólicas sejam comuns, nunca devem ser consideradas “normais” sem investigação. A endometriose deve ser considerada em todas as pacientes com esses sintomas ou quando o exame ginecológico sugere alterações. Cada caso é único, e o planejamento do tratamento, geralmente feito por um ginecologista, pode incluir desde medicamentos até a necessidade de cirurgia.

A ultrassonografia endovaginal simples de rotina não é o exame indicado para pesquisar dor pélvica em mulheres ainda não menopausadas. O preparo intestinal melhora muito a acurácia do diagnóstico.

Se você enfrenta dores pélvicas ou dificuldades para engravidar, busque orientação médica e conte com a Clínica Bild para garantir o suporte necessário.

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