Entenda como a inflação superior da saúde impacta os custos e a qualidade dos exames médicos, especialmente na ultrassonografia.
A inflação da saúde nada mais é do que o aumento dos preços dos bens e dos serviços médicos. Isto é, os equipamentos e insumos médicos estão cada vez mais caros devido à evolução tecnológica, assim como a atualização profissional. Mesmo com a melhora da acessibilidade pelas aulas virtuais e congressos virtuais, a educação médica também está cada vez mais cara.
Para piorar a situação, a inflação da saúde é superior à inflação geral dos preços (essa inflação é calculada pelo IPCA, IGP-M, por exemplo), elevando ainda mais os custos. E quem paga essa conta? Os planos de saúde têm dificuldade de repassá-la às mensalidades, porque, se elevarem muito os preços, perderão clientes. Da mesma forma, a inflação da saúde torna cada vez mais difícil melhorar a remuneração dos médicos nas consultas, nos exames e nos demais procedimentos (cirurgias, internações etc.) pelos planos de saúde.
Na minha especialidade, que é a ultrassonografia geral, a maioria dos exames tem baixíssima remuneração pelos convênios. Na minha opinião, essa desvalorização pode comprometer a qualidade do resultado da ultrassonografia, desde que o examinador faça o atendimento muito rápido para compensar com quantidade, em vez de qualidade.
Dessa forma, devido à inflação da saúde e suas repercussões, decidi, há oito anos, evitar trabalhar com convênios, priorizando o atendimento particular para investir mais tempo nos exames, com equipamentos de ultrassonografia premium e entregar uma consulta digna que todos merecem, elevando ainda mais a qualidade dos meus resultados.