A Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) é uma condição silenciosa que pode afetar recém-nascidos, resultando em dor e sofrimento na infância, adolescência ou vida adulta devido ao risco aumentado de desenvolver artrose (desgaste) e a necessidade de tratamentos complexos, como osteotomias ou próteses de quadril. A incidência da DDQ é variável, afetando menos de 1 recém-nascido a cada 1.000 em algumas regiões, enquanto em outras, como na cidade de São Paulo, estudos indicam uma incidência de até 5%.
O Método de Graf é uma técnica de ultrassonografia aplicada em bebês com cerca de 6 semanas de vida para detectar a displasia do quadril já desenvolvida ou identificar quadris imaturos, que possuem maior risco de desenvolver a condição. Esse método leva o nome do renomado ortopedista pediátrico austríaco Reinhard Graf, responsável por sua pesquisa e disseminação, especialmente em países europeus onde o exame é realizado universalmente em todos os recém-nascidos.
As formas mais graves da DDQ podem ser detectadas através do exame físico e palpação realizados por pediatras ou ortopedistas pediátricos. No entanto, a maioria dos casos de displasia não é identificada pelo exame físico, o que torna a ultrassonografia pelo Método de Graf a ferramenta mais eficaz para o diagnóstico precoce.
Com 6 semanas de vida, é possível tratar clinicamente o bebê com displasia do quadril e curá-lo sem a necessidade de intervenção cirúrgica. Por isso, sugiro a realização universal do exame pelo Método de Graf em todos os bebês com 6 semanas, garantindo um diagnóstico precoce e aumentando as chances de um tratamento eficaz.
Se você tiver dúvidas ou preocupações, não hesite em consultar seu médico!
